quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Human Fly

entra comigo nesta viagem..
nao nos conhecemos, encontramo-nos casualmente por aí, numa rua fria daquelas em que o outono tem vergonha de passar.. onde o inverno parece preso numa bolha atmosférica.. onde tudo cheira a terra molhada e remexida...

onde os jornais voam e se misturam com os caixotes vazios que servem de cama para pessoas como nós...

onde a elite da nossa sociedade nao passa, onde os ricos nao pisam.. foi aí que te conheci... estavas de costas... vi o teu sorriso mesmo de costas antes de o ver ja o conhecia, parecia-me realmente familiar...

toquei-te ao de leve no omro olhas.te para mim como se me fosses transformar em alguma coisa nao humana... sorris.te entao por fim vi, e ficamos assim.. sentamo-nos no chão..o cheiro a frio e a chuva continuava a pairar no ar...anoiteceu, a cidade tornou-se preversa... as tuas mãos procuraram-me... encontramo-nos alí... eu sorri e fui embora.. ficas-te lá.. quando lá voltei ja havias partido á muito para parte incerta... ainda vejo o teu sorriso. e oiço o silencio das tuas sábias palavras... os teus olhos pretos ainda brilham na minha memória... e as mãos agora frias e vazias... o toque.. e se me perguntasses se tenho saudades. dizer-te-ia que nao!

a saudade diminui... faz desaparecer a pessoa e o sentimento incha ate se tornar uma doença...
nao tenho saudades.. relembro apenas...

terça-feira, 28 de outubro de 2008

e Se eu nao Souber...

sinto-me cansada...
as palavras que parecem pairar na minha cabeça nao conseguem sair, de modo a que eu perceba o que sinto.. se eu nao conhece as minhas palavras quem as conhece entao....

a Solidão assusta-me, podes ser um refúgio, um amante... as tardes paradas e os beijos que pedem mais... sinto-me puxada por ti, sinto-me atraida para ti como uma magnetização sexual...

Tenho medo de mim, e de ti, sei que estas aqui e és palpável... sou eu que te toco e sou eu que te beijo... sem ti estou bem mas sem ti estou pior... quero encontrar-te esta noite na minha cama... a tua voz e o teu sorriso gritam.

as palavras teimam em nao sair, em nao corresponder ás vontades alheias o cerebro comanda o coração... ou coração comanda o cerebro. consigo ver o lado de fora dos meus sentimentos mas nao consigo ve-los. amor... nuca amei... nao és tu..! tenho medo de te perder.. secretamente desejo-te comigo... nao será uma coisa natural nem espirtual... é um desejo.. mútuo ou nao.. fisico... nao sei o que esperamos um do outro... algo erradamente semelhante, diferente... sinto-me... porque aqui estas, porque aqui existes...


merda.. se eu soubesse o que te dizer... as palavras e os movimentos presos por uma angustia que me transcence quando estas aqui. quente... e amanha é outro dia... como se tivesse recuado á adolescencia e exprimentasse a sensação de um amor plátonico que vejo o dia todo no qual nao toco...


as barreiras que nos pusemos, e desejo tocar-e lá.. dizer a toda a gente... sim sou eu. e ele esta aqui comigo.. e eu estou aqui com ele. e que o mundo morra e pobres se ergam e eu estou me nas tintas para o que pensam. estou-me nas tintas para mim... estou-me nas tintas para ti... é mais um...

quando os beijos se gastarem e os olhares ficarem perdidos na atmosfera... conhecemos a hora de parar... vai custar... vai doer...

doi sempre...

mas vou acabar por esquecer. como tu um dia me esquecerás.. como tu me esqueces todos os dias... nao posso gostar nao posso pensar...

quero beijar
quero foder.

quero tocar no teu corpo... e sentir a tua pele... outra vez... como se fosse a ultima... para sempre a última...

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

soltem-nos

soltem-se as amarras que nos prendem...
as mãos que nos sufocam os olhares que nos seduzem, que nos prendem...

as estradas que nunca foram pisadas permanecem inalteradas... folhas molhadas.. rastos de animais lacrimejantes e deformados que se arrastam por esses mundos, por esses fundos...


esquecem a noite.

domingo, 26 de outubro de 2008

TOO Drunk TO Fuck

TOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
DRUNK
TOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
FUCK



FUCK ME

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Estradas

o vento sopra...
a rua corre...
os carros passam e os aglomerados de pessoas que se passeiam e anseiam olham-se como estranhos, como inimagináveis seres vidos dos confins do mundo.... as paredes de pedra talhada escorrem sangue. deleite de vampiros... viajantes da noite, atormentados por guerras que passaram á decádas... e as mulheres sozinhas vagueiam na noite perdidas como meretrizes de ninguem... esperando, sonhando, encontrando em cada corpo suado uma porta aberta para o prazer éfemero...

e a noite, irmã da solidão... amiga de um ancião... que se arrasta como correntes pesadas. deixando para trás misterios e marginais. perigosos. monstros da verdade. quem ve o que nao ve, quem existe aqui ou além... ninguem sabe bem...

A luz rompe... a alma canta, o odor venoso da veias irrigadas por seringas infectadas apodrece o ar, que se torna irrespirável... nos sorrimos outra vez... afinal estamos aqui.. e porque? nao facilita... nao facilites... mas ajuda... a lua desapareceu...

e eu estou aqui...
alimentando.me da fome que mata os outros.

sábado, 11 de outubro de 2008

The wasp

é tempo de viver. tempo de mentir.

tempo de deixar. tempo de partir...

E os amigos sentados na mesa redonda, á sua volta morrem grades de cerveja vazia. cada uma mais seca que outra... e os olhares famintos de almas e corpos femininos olham-se como quem se ama. olhos de homens, de guerreiros de corpos aprisionados. muitos deles guiam-se pela sua extinta orientação sexual duvidosa. em ruas escuras de LA olhavam mulheres e amavam mulheres em corpos.

PRECISAMOS DE SANGUE FRESCO.


precisamos de novidade...

Talvez nao percebam.
Esqueçam o mundo...
esqueçam o vosso nome..
joguem os dados...
atirem a vida fora..

multipliquem-se...

eram cinco.

agora esta um apenas. morto, consumido...

loucos desejos. pobres jovens adultos.

The Black Parade

Um passeio mudo.
um desfilo silencioso..

onde estamos? os olhares confusos e indiscretos surgem por entre os sorrisos contidos.
queremos, desejamos.. consumir-nos.. as palavras parece que se esgotaram. os passeios chegaram ao fim a hora esta cada vez mais proxima e eu receio, e eu anseio. eu quero... eu desespero... e eu estou aqui longe e tu estas ai... nao és tu. é alguem...

a carta da lua continua a sair insistentemente e eu olho oiço, vejo. nao pode acabar bem.. a carta do doabo rodou pela mesa...

THIS IS THE END my only friend..

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Era uma vez...

uma historia que nao tinha final, uma historia que nunca acabava, como se hoje isso existisse se é que algum dia existiu..

uma pessoa que existia tal como toda a gente, ou talvez nao existia, mas toda a gente a vi, ou melhor toda a gente olhava para ela. era uma pessoa bonita sabia falar, fazia as outras pessoas ao seu redor sorrir mas ninguem conseguia ver essa pessoa. era uma pessoa sozinha, nao tinha amigos, embora parecesse que estava realmente rodeada deles.

essa pessoa nao tinha objectivos, era um barco a navegar á deriva nao queria estudar, nao queria pensar, nao queria sentir, as vezes diziam que essa pessoa tinham medo era de viver..

como existia era sinónimo que podia e o fim da historia estava longe...

UM DIA CONTO.

um conto....

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

uhuhuhuuhuhuhuhuhuhuhuhuhuhuhuhuhuhuhuuhuhuhuhuhuhuuhuhuhuhuhuhuhuhuhuhuhuuhuhuhuhuhuhuhuuhuhuhuhuhuhuhuhuhuhuhu

ola o meu nome é ...... venho por este meio pedir a vossas excelencias que se dediquem a matar-se.

Obrigrado pela atenção dispensada.

Com os melhores e mais respeituosos cumprimentos.

A sempre vossa.

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