sábado, 29 de novembro de 2008

This place is everything

o frio corta a alma aprisonada em corpos pequenos demais para o sustenso de um ser, os olhares cruzados e os desejos aprisionados... somos nós senhores de nós mesmos...?!

quero apenas viver hoje como se nao houvesse amanha. é dificil, nao saber o que pensar. é dificil pensar...


as estradas encurrala-se lá fora e as pessoas maltratam-se, estamos numa selva gutural de classe média. odeio o modo de vida dos humanos... sao sempre tao previsiveis, tao vulneráveis. tao iguais. a raça humana.... ama-os

porque eles sou eu, e eu sou eles. um animal em visas de extinção

domingo, 23 de novembro de 2008

saudades

sentir falta... ou sentir saudades serão realmente dois sinónimos ou duas coisas diferentes...

nao me interessa sentir falta de alguem. mas é algo que se acustuma ao teu jeito, á tua maneira de viver, de estar de olhar e sorrir. mesmo que te veja todos os dias... dia após dia. sinto-te algumas vezes..

a distancia é minima mas os entraves por vezes sao maximo... dentro de paredes somos o que nao sabemos ser... e eu sinto-me envolvida por uma ligeira brisa que paira do teu doce aroma e a escrita romantica tanto que me enjoa... tanto que me aborrece. e eu nao te amo.. e eu nao te amo. digo-o varias vezes para mim e várias vezes para mim e mais vezes para mim nao para o negar nao para me fazer acreditar..

apenas quero-te mais uma vez, nao sei porque... se acabar acaba. é triste mas assim sou eu.

acho que gosto de ti.

domingo, 16 de novembro de 2008

Predisposições

ha quem diga que as predisposições sao aptidões adquiridas ao longo da vida, ao longo dos sentimentos... os sentimentos remexidos adquiridos, mutados, sentimentos ou nao, sao emoções esquecidas perdidas nas memórias doentes que nos atormentam. serei menos sentimentalista se nao conhecer o significado da palavra amar na conjunção de cada principio ou apenas na junção de um ou dois sentimentos que mostre apenas por mostrar... se digo que amo é porque realmente amo mesmo sem saber o que é amar.

e eu amo viver e eu amo morrer.

sábado, 15 de novembro de 2008

diz-me que solidão a essa...

os olhos vendados.
as maos presas.. como animais enjaulados numa atmosfera viciada... é dificil respirar quando nao tens pulmões..
é dificil falar quando se é mudo, dificil escutar quando se é surdo mais dificil de se ver quando se é cego. eu nao sou nenhum deles mas partilho com vós a situação do presente... os carros nas estradas.. as luzes da cidade.. o movimento vertiginoso da cidade. a grande cidade.. a capital da fome e da pobreza....

ricos sao os pobres, que nada teem nada perdem. vivem sem medo, nao podem perder nada pois nada teem que lhe cause dores.. as maiores dores na vida quais sao... ja fizeram essa pergunta a cada um de vós. o que vos causa as maiores dores...

se eu me perguntasse o que me causa a maior dor. provavelmente responderia, estar viva. a vida custa mais que a morte, quando morres a dor desaparece. o teu corpo também mas tu podes viver para sempre reencarnar, ilustrar, apenas existir no pensamento ou nas memórias.. todos queremos viver para sempre.. mas sem a vida eterna isso seria demasiado extasiante demasiado cansativo... a vida foi feita para se viver , por quem nao sabemos, nem sabemos porque vivemos.. vivemos como se tivessemos um manual de instruções ou um a fazer.. cada um de nós tem um fazer... quando as tarefas se misturam se confundem entram as guerras pela televisão a dentro... queimem as televisões. queimem os perdões.. nao perdõem nao magõem.. nao chorem nem sorriem, viva no lumiar dos extremos. procurando encontrar em todas as coisas palpáveis, visiveis ou nao o outro lado das coisas. o que se pode ver para alem do que se está a ver...

do outro lado da porta a poeira acumula-se... a porta enferruja e cada dia custa mais a abrir. nao percam mais tempo. começem a limpar a vossa porta agora.


que amanha ja nao existam mais palavras nem sentimentos para que nos possamos magoar. nem sorrisos... nem olhares.a manha seremos todos cegos. e livres.

well show me

agora que nos encontra-mos.
agora que nos ama-mos
agora que nos perdemos
agora que nos achamos.

os beijos. as mãos. a pele e os olhos.
a forma de beijar é relativa
a excitação que depositas no momento também...

nao demonstro. encolho as emoções ate desaprecerem... como o medo.
liberto-me em mim dentro de mim. cá fora nao sei quem sou, nao me conheço. nao nos conheço. nao sei porque continuamos aqui.. esperando. passando o tempo, e a vida.

limitando-nos a existir, como dois seres que vivem aqui por obrigação como se soubessemos que nao é aqui o nosso lugar...

nao nos ama-mos
nao nos odiamos.
desejamo-nos
desejamos perder-nos. de formas diferentes..

ambos esperamos o mesmo.

esperamo-la.
procuramo-la...

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

sem titulo

hoje encontrei um papel que voava ao vento... podia te-lo deixado passar.. mas apanhei-o do chão. retirei-lhe o essencial, a essencia, a mensagem...passei a mensagem á minha volta.. o papel que podia ser apenas um rasgo uma descarga um consciencia nula... troquei breves impressões com a parte de fora dos meus sentimentos, em relação que foi, ao que será ao que poderia vir a ser... resolvi rasgar fora o papel... poderá ser um gesto grosseiro.. poderá ser uma descarga da consciencia aprisionada sempre no meso corpo... mas nao. era uma mensagem para mim, vinda nao sei de onde, escrita nao sei porque quem, que me encontrou... querendo ou nao ela estava lá e eu também.. destino.. nao acredito. fantasiando sonhei e fantasiando escrevo. porque viver a vida assim.. pesada e grosseira trivial como os dias... prefiro sempre pensar que amanha nao tenho tempo. dizer que gosto dizer que nao dizer que sim... dizer que existo hoje... amanha nao sei... esta tudo escrito no livro... as páginas rasgadas voaram pelo vento. umas rasgadas outras inteiras... á procura de serem encontradas e lidas pela consciencia de um estranho, ate um cego poderá ler todas as frases do meu livro sem capa, livro sem titulo... livro sem escritor... livro sem amor... livro sem pudor..

troquei o dito pelo nao dito e ficou tudo por dizer...

se amanha já cá nao estiver anseiem pelos dias de vento. eles trazem a liberdade dos dias. e os papeis perdidos nas avenidas, nos becos, nas cidades e nos campos...

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

(....)

ainda dizem que a solidão assusta..
uns conseguem sentir a excitação do tédio, outros nao..!

a viagem que agora começou... o trajecto estreita... as pernas caminham como autonomas. levadas pela consciencia de um estranho...!
as maos enlaçadas na vegetação densa que se esconde... a procura de sensações na escolha de opções.

a mesma moeda... as duas faces. a minha e a tua.. viradas para a lua mentirosa...

os lobos uivam na montanham, as bruxas descem as colinas á procura de sangue fresco...

a mistura dos sentidos a nova procura de sensações... queremos sempre mais, sempre mais, nunca ha um termo, nunca nos mostramos satisfeitos... estaremos nos sem saber saberemos nos sem querer... a ilusão permanente, a distração dos sentidos... esquecemo-nos que temos o que temos e havemos de ter o que adquirimos...

faça mais um belo jantar de mulheres. sombras e corpos despidos á luz de uma vela morta.

sábado, 8 de novembro de 2008

she dance...

A água desce por entra as planicies...
os corpos que se encontram e se perdem nas montanhas. uma casa na serra...!!

uma lareira perdida e a luz das estrelas ilumina a sala que nua parece enorme...

e nós enroscados no calor dos corpos procuramos a eterna solidão de um só corpo.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

senta-te e observa

estou sentada
estou a olhar...
continuo a olhar mas nao vejo nada...
estou fria, mas nao tenho frio...

as asas que tinha transformaram-se em garras. agora aqui odeio-me a mim a ti e a todos os que se tentem aproximar de mim.

suporto o ar...
exprimento nao respirar.

deixem-me...

esqueço-me.e
esqueçam-me.

amo-me
amem-se.

adeus