segunda-feira, 31 de março de 2008

Solidão

Tantas vezes procurada, tantas vezes escondida. que nao a conhece, quem nao a tem ?? quem a nao ja teve?

é um lugar? ou um estado de espirito? é um sentimento ou uma revolta. com palavras e jogos de silencios, olhares que nao se veem. com perguntas sem resposta..


A solidão banalizada em todas as formas de ser. em todas as formas de julgar. o estar afastado do mundo ou o estar afastado de ti? ou de mim? ou de outra pessoa..

eu tenho palavras mas nao tenho sentimentos que as refutem.

como dizia fernando pessoa, eu sinto com a imaginaçao. nao uso o coraçao.

sexta-feira, 28 de março de 2008

flores

E é uma grande verdade.

nem tudo o que parece reamente é.

e sejamos felizes assim entao. sem saber porqe somos. ou quem fomos. ou até seremos.

nao é o fim de tudo, mas será certamente algum fim. amigas

quarta-feira, 26 de março de 2008

(....)

Quantos de nos querem ser outros. quantos de outros querem ser nos.
quantas almas temos quantos momentos vivemos, quantas pessoas somos?!
quantas pessoas ama-mos?! quantas pessoas odiamos? será do mar ou será da terra a alma que nao se encontra no corpo adormecido, rasgado em mil formas de ser diferente. com quantas almas brinquei no jardim da tua casa...em quantas pessoas me transformo quando sorrio, quando choro, quando grito, para sempre jovem nas palmas da minha mão trago traçado um destino incerto que desconheço por cada caminho que nao caminhei por cada caminho que me desviei. os pés que me levam pelos caminhos de terra batida onde se ve muito pouco do mundo industrialiazado. onde vejo uma casa longe do mundo, um rio, uma cascata e uma cadeira. apesar de nunca la ter estado sei cada milimitro daquele terreno. posso até caminhar de olhos fechados. por fim estou aqui. e tu estas ai. frente a frente. é o fim?!? nao.

" Ruas e lugares perdidos, estradas que nunca foram pisadas caminhos que nunca foram caminhados, flores no chão, ervas selvagens, florestas desbravadas por longos cavaleiros que nao existiam aqui. que longe do mundo viveram que afastados do mundo vivem, têm tudo para serem homens de fé. mas continuam agarrados á podridão da guerra. homens que beijam os pés dos senhores que lhe pagam a comida em troca de 5 mortes por dia. e é aqui neste mundo neste século, neste lugar mórbido que eu vivo.
salvem as rainhas das flores. aquelas que nao se veem. aquelas que nos deixam existir livre e ferozmente, como animais selvagens no cio..
quanto de mim és tu. quantos pedaços de mim anseiam ser tocados por ti? quantas noites em branco? quantos silencios, que diziam mais qe mil palavras?! quantos anos viverei assim? quantos amores fingidos e dissimulados terei para encobrirem a falta que me fazes verdadeiramente. nao existes, porque nao te vejo. nao te vejo porque nao existes. MENTIRA. aind nao estamos preparados. nao bastam palavras, rios de palavras com falsas memorias e falsas esperanças. o momento ainda nao chegou. aí mostrar-te-as para mim.e tocarte.ei..e entao sorris para mim. das-me a mão e nao olhamos para trás. caminhos por estradas. as tais que nunca antes foram pisadas.

the Spy

tu és um espião. que ve o que nao existe. tu consegues ver-me para alem do que eu existo. tu tens momentos de glória em mim. sabes todos os segredos mais profundos, os mais tenebrosos e assustadores desejos. conheces as palavras que eu ainda nao disse. conheces os sonhos que eu ainda nao tive. sabes de tudo. ves tudo... caminhas como quem beija. levemente pairando aqui e ali, nao te vimos, nao te veem. mas se eu nao te ver deixarás de existir?

que farta que estou desta normalidade abundante que paira por cima de mim. que ansias de viver outra vida que ansias de conhecer outras pessoas e ver outros olhos e cheirar outros perfumes. tocar em outros corpos..

continuas a ser um espião e sabes o que desejo sabes o que penso, sabes o que me faz falta. no entanto nao fazes nada. !

terça-feira, 25 de março de 2008

nao existir

é bom nao existir. nao existo quando quero nao existir. nao sei nada do que quero saber. desconheço mundos que nunca me foram apresentados. liberdades roubadas. prisões. liberdades fingidas. tens mundos nas palmas das maos. tens desejos secretos que te libertam em átomos. tens vida tens morte. tens tudo o qe nao existe aqui. tens o céu negro por cima de ti.

tens livros m prateleiras poeirentas, tens discos apinhados em lugares escondidos. tens sentimentos frios guardados em sitios perdidos. nao encontro palavras que me digam que nao, nao encontro palavras nao encontro razão. nao te encontro aqui, porque aqui nao é o teu lugar, cinzas largadas ao vento. foste tu correndo mais forte e veloz que ele. e foste para o outro mundo. para o outro lado *

onde querias estar. e eu sou egoista. porque qeria estar contigo. ai longe. aí mesmo onde tudo acaba onde nos começamos.

*Carla

Muitas coisas foram ditas. muitas palavras atiradas fora. noites inteiras longe. sem saber onde estavamos ou como estavamos.. palavras que nao se diziam, confissões que nao se faziam. desabafos que não sabiamos que existiam.

Desabafos de amigas, podia ate ser vulgar. mas acontece que um amigo é muito mais para além de um desabafo e uma confissão. a perfeiçao como nos encaixamos mesmo sem falar. a maneira como vimos o que nao existe.e sentimos o que nao se ve. nos as duas seja onde for, estaremos sempre mais além do que possam ou nao acreditar. podemos nao acreditar em nos mesmas podemos nao aceitar caminhos diferentes por pessoas diferentes. podemos ser tudo, podemos nao ser nada podemos ficar anos e anos sem nos falar. podemos deixar de sonhar, mas nao deixaremos de ser uma so pessoa enquanto tu souberes o que eu sei.

enquanto tu sentires o que eu sinto. enquanto nos sentirmos o que nao se sente. longe das vistas e longe dos mortais. nos vimos para além dos mortais vimos para alem do que se ve. vimos tudo onde nao existe nada para ser visto.

pode parecer loucura a quem le, pode ser ate loucura, loucos dos outros que nao entendem a nossa loucura nao estamos erradas por sonhar. estamos aqui e agora. aproveitamos as palavras com a leveza de um olhar. e um sentimento reciproco de amor em forma cumplicidade que existe para além do tempo.

amo-te <3

quarta-feira, 19 de março de 2008

atravessar

Tenho um mar de sentimentos. no lugar do coração tenho a atenção de estar atenta, nao acredito no qe esta preso á verdade. inventas-me historias bonitas que oiço com agrado e devoção. gosto quando nao tenho mais tempo para voltar atrás. correr por deixar de ter pernas. nao tenho um dia nem dois. espero aqui por ti, mas amanha nao estarei aqui, nao serei eu que estou no meio de mim. nao me acho nao me encontro. no meio da noite fria. la em frente passam carros que me enchem de medo, esperam-me anos de solidão. esperam-me anos de consolo de mim mesma. estou á espera que chegue a hora de partir. *

sexta-feira, 14 de março de 2008

Se o rio desagua no mar. e as mãos de um estranho me apertam no escuro. sem eu saber.

onde estas..? onde estou..? canso-me dos dias sem fim, das noites sem calor. dos dias sem vento...

que surpresas trazes tu guardadas no bolso de tras das calças!? que linhas ainda nao escreves.te? que historias ainda nao les.te? que noites ainda nao corres-te?

por avenidas e ruelas. perdidas no céu estrelado de uma noite de Março. quantas figuras de estilo ja usas-te quando nao eram necessarias? quantos desejos ja tives.te? quantos homens ja matas.te? lembro-me de tudo como se de ontem fosse. que leve brisa sacode os cabelos. ahah que loucura. ! que linda loucura. se tens em mim a tua mão. a mão de um estranho, nao te conheço, nunca te vi, nem me achei. procuro.te onde me encontrei. debaixo de mim. debaixo de ti debaixo do mundo. debaixo. em baixo. lua. nadar até á lua. (L)

quinta-feira, 13 de março de 2008

dream with you

será por todas as horas passadas em branco.
por longos suspiros perdidos nas horas negras da noite que me acolhe de braços abertos.
por ver no escuro o brilho dos teus olhos. cobras que me apertam e se enrolam em mim. como olhos como facas que me sufocam.

bonitos rios de palavras,
devorados por senhores ancestrais,
todos eles sao estradas
caminhadas por mim em dias e vendavais.

que loucos poetas explodem
no mundo nascem filhos dos seus filhos
sao como ovos que eclodem
em planicies onde se acabaram os rios.

que suja esta alma
de quem a afasta de si mesmo
alma sem calma
funeral sem cortejo.

rosas negras, uma lembrança pela mão dura
crianças manchadas pelo sangue
deitadas na rua da amargura.